Cláudio, eu e Enio. Foto gentilmente tirada e enviada pela Mayumi. |
Primeiro coloquei gentileza. Essa consegui coletar logo no início. Afinal, o que moveu Cláudio e Enio para se disporem a ir em um sábado às 7:00h para o Ibirapuera me acompanhar nesse treino? ainda mais quando me lembro que Cládio só poderia treinar por cerca de 6k e foi dormir tarde na véspera.
A seguir coloquei a minha impressão do cenário encontrado, que era perfeito. Afinal, começava a correr em uma trilha, com uma neblina fina, o sol subindo e tecendo raios entre as árvores. A imagem me lembrou a imagem que fazia do livro As Brumas de Avalon, que muito me marcou na adolescência. Nesse momento os amigos ainda não corriam comigo. Sentia, aos poucos, que entrava em comunhão com aquele lugar e com aquele momento único. A garrafa ia sendo preenchida.
Enio, na definição Miguel e que eu concordo plenamente, o que há de melhor no mundo Baleias, logo se juntou a mim. Aproveitei e coloquei um pouco da cultura nipônica dentro da garrafa. Sinto que ela irá me ajudar em muitos momentos. Conversamos bastante, favorecidos pelo ritmo do treino, que não era dos mais puxados.
No momento seguinte, Cláudio se juntou a nós e incluí a camaradagem na garrafa. Começamos a dar a volta do parque junto à cerca, que tem cerca de 6k. Era bom demais correr junto daqueles amigos. O papo fluía e eu adoçava a mistura da garrafa com gotas de sabedoria.
Então Cláudio parou e Enio deu mais uma volta comigo. As pernas não eram mais as mesmas. Incluí então na garrafa a persistência que tínhamos em nos manter correndo por ali. O amigo voltava de contusão e se esforçava para se manter ali.
Ao final do treino os amigos fizeram questão de me acompanhar até a passarela de saída do parque e coletei mais gentileza dos amigos. Até porque teriam que voltar todo o trajeto para buscar as bicicletas que havia deixado para trás.
Por fim coloquei o rótulo na garrafa. Não sei porque resolvi rotulá-la Felicidade. Na confusão, não sei como, acabei esquecendo-a na mochila de Cláudio. Peço, então, amigo que a traga novamente ao RJ para a Maratona. Afinal, cá ela me faz muita falta.
detalhes técnicos para que me lembre depois: foram 17,5k percorridos. Ao final, ao constatar que a água no hotel custava extorsivos R$7 a garrafa, acabei não me hidratando e sofri bastante com dor nas pernas ao fim da tarde, que se prolongou até a manhã seguinte. Fiz o que se recomenda. Dei um trote de 20 minutos no domingo pela manhã e a dor foi embora. Fiquei com a impressão que a falta de hidratação correta teve um efeito, pois o treino não foi tão puxado para ficar com aquela dor, que não foi nada agradável, pois sentia que teria um cãibra a qualquer momento.
Outro ponto é que a corrida foi apenas um ponto de um final de semana que foi absolutamente perfeito com vários amigos. Pena que os demais não corram (ainda)...
De fato houve uma garrafa de hidratação esquecida com o Cláudio, que só me lembrei no meio do post.